
Em matéria veiculada na revista “Filosofia Política” seu editor Denis Rosenfield, questiona a legitimidade dos movimentos sociais da CUT, MST e do partido Petista enquanto base governista. Argumenta que o atual projeto da “esquerda” no poder (PT) é autoritário e sem compromisso com o mercado. Ao avaliar como complacente a base governista diante das ações do MST e CUT, segundo ele, houve um esgotamento e impossibilidade de negociação entre setores do agronegócio e os partidários da reforma agrária. Pois a violência das invasões do MST e a pressão da CUT para a publicação da portaria que indica critérios de produtividade e possível desapropriação rural para acelerar a reforma agrária, fere o Estado de direito e a aplicação das leis.
Rosenfield peca em seus argumentos, generaliza quando afirma ser o governo petista de “esquerda” e com pouco comprometimento com o mercado. Além de elaborar uma abordagem tendenciosa e inocente acerca da idéia de “Estado de Direito”, faltou ao editor imparcialidade analítica ao distorcer os fatos e manipular conceitos a favor do agronegócio.
Não podemos confundir as ações populistas do governo Lula com as diretrizes ideológicas do socialismo. O fato do PT ter se estruturado historicamente como um partido de esquerda e ter construído toda uma áurea de partido comprometido na luta contra o grande capital, não o avaliza enquanto base governista como partido de esquerda. Ironicamente, houve uma ruptura com as antigas linhas ideológicas do partido, uma readequação oportunista para conquista do poder, sobretudo para buscar apoio em vários setores da sociedade. Surge então um partido multifacetado, um PT populista para os setores sociais mais baixos; um PT conservador para os setores da classe média e um PT comprometido com o grande capital, naturalmente com o mercado, em vista da continuidade do pacote econômico do PSDB de 1994, para assim apaziguar os ânimos da elite brasileira. Do PT da década de oitenta, ficaram apenas os clichês de pseudo partido socialista, o vermelho comunista e o discursso inflamado inspirados em Lênin, Trotsky e companhia LTDA. Afinal, quem poderia indicar as diferenças ideológicas entre o PT e seu principal opositor o PSDB?
Quando refletimos sobre a idéia de “Estado de Direito” expedimos tal ponto de vista para os valores democráticos e de igualdade social. O Estado de Direito aludido por Rosenfield preza pelo direito da propriedade privada, mas perde da memória seus outros valores, como igualdade social e liberdade de expressão. Em sua concepção, podemos identificar uma abordagem unilateral deste conceito, elegendo o agronegócio como vítima dos movimentos sociais. Não resta dúvida que tanto no MST quanto na CUT há em seu interior vícios incompatíveis com a legitimidade de seus movimentos. Porém não deve ser passível de questionamento a própria liberdade e direito do cidadão da recusa em se submeter a qualquer tipo de opressão. As condições que são colocadas os argumentos de Rosenfield quanto a desobediências das leis pelo MST, implica em uma possível “legislação no ato revolucionário”. Nestes termos, o Estado do direito de reivindicações de mudanças pelos oprimidos do agronegócio, transforma-se em um direito controlado.
Não há como vincular movimentos organizados ou espontâneos ao governo petista, são aspectos diferentes em termos de interesses políticos. E, tanto o MST quanto a CUT ou qualquer outro movimento social, ainda que, com os seus vícios e jargões revolucionários têm plenos direitos de submeter à elite a um reajustamento social. Em momentos de vontade de mudança, leis antigas se tornam obsoletas. Afinal, os burgueses já fizeram a sua revolução em 1789, mudaram as regras e agora querem legislar a revolução alheia? Oque este país precisa é de uma crise institucional, pois os representantes políticos não têm dado satisfação ao povo brasileiro.
Rosenfield peca em seus argumentos, generaliza quando afirma ser o governo petista de “esquerda” e com pouco comprometimento com o mercado. Além de elaborar uma abordagem tendenciosa e inocente acerca da idéia de “Estado de Direito”, faltou ao editor imparcialidade analítica ao distorcer os fatos e manipular conceitos a favor do agronegócio.
Não podemos confundir as ações populistas do governo Lula com as diretrizes ideológicas do socialismo. O fato do PT ter se estruturado historicamente como um partido de esquerda e ter construído toda uma áurea de partido comprometido na luta contra o grande capital, não o avaliza enquanto base governista como partido de esquerda. Ironicamente, houve uma ruptura com as antigas linhas ideológicas do partido, uma readequação oportunista para conquista do poder, sobretudo para buscar apoio em vários setores da sociedade. Surge então um partido multifacetado, um PT populista para os setores sociais mais baixos; um PT conservador para os setores da classe média e um PT comprometido com o grande capital, naturalmente com o mercado, em vista da continuidade do pacote econômico do PSDB de 1994, para assim apaziguar os ânimos da elite brasileira. Do PT da década de oitenta, ficaram apenas os clichês de pseudo partido socialista, o vermelho comunista e o discursso inflamado inspirados em Lênin, Trotsky e companhia LTDA. Afinal, quem poderia indicar as diferenças ideológicas entre o PT e seu principal opositor o PSDB?
Quando refletimos sobre a idéia de “Estado de Direito” expedimos tal ponto de vista para os valores democráticos e de igualdade social. O Estado de Direito aludido por Rosenfield preza pelo direito da propriedade privada, mas perde da memória seus outros valores, como igualdade social e liberdade de expressão. Em sua concepção, podemos identificar uma abordagem unilateral deste conceito, elegendo o agronegócio como vítima dos movimentos sociais. Não resta dúvida que tanto no MST quanto na CUT há em seu interior vícios incompatíveis com a legitimidade de seus movimentos. Porém não deve ser passível de questionamento a própria liberdade e direito do cidadão da recusa em se submeter a qualquer tipo de opressão. As condições que são colocadas os argumentos de Rosenfield quanto a desobediências das leis pelo MST, implica em uma possível “legislação no ato revolucionário”. Nestes termos, o Estado do direito de reivindicações de mudanças pelos oprimidos do agronegócio, transforma-se em um direito controlado.
Não há como vincular movimentos organizados ou espontâneos ao governo petista, são aspectos diferentes em termos de interesses políticos. E, tanto o MST quanto a CUT ou qualquer outro movimento social, ainda que, com os seus vícios e jargões revolucionários têm plenos direitos de submeter à elite a um reajustamento social. Em momentos de vontade de mudança, leis antigas se tornam obsoletas. Afinal, os burgueses já fizeram a sua revolução em 1789, mudaram as regras e agora querem legislar a revolução alheia? Oque este país precisa é de uma crise institucional, pois os representantes políticos não têm dado satisfação ao povo brasileiro.
VEJA TAMBÉM A REPORTAGEM DE ROSENFIELD CEDIDO À REVISTA VEJA: http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/6634/rosenfield.htm
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