
Quando estudamos a gramática da língua portuguesa, percebemos que a sua organização propende em abordar de forma científica e não cultural, os seus conteúdos. A Fonética, sintaxe e concordâncias sistematizam o entendimento da gramática, porém os seus critérios ainda enlouquecem qualquer estudante. Ao examinar a parte que estuda a fonética é fácil perceber que a língua portuguesa, através dos tempos, sofreu transformações que podem indicar a história cultural do seu povo. Assim deduzimos que a finalidade principal da língua é a comunicação entre as pessoas, e, a gramática procura atualizar de forma recorrente tais transformações da língua em relação às mudanças culturais. Sem dúvida, o português falado no século XIX, não é o expressado no século XXI, pelo menos em sua forma coloquial.
A gramática é a guardiã da cultura lingüística do povo, porém a sua obsessão em manter o sentido vernacular da língua, destrona o próprio protagonista desta cultura, o povo. Os vários critérios gramaticais acabam por determinar uma divisão social na comunidade. Os que dominam tais regras gramaticais promulgam a norma culta e os que não dominam sustentam-se nas expressões coloquiais da língua. Percebe-se que o propósito inicial da língua transfere o seu desígnio de comunicação entre as pessoas, para a divisão entre os que dominam a forma culta, e os que expressam a forma coloquial. A conseqüência dessa divisão reflete nas matizes sociais acerca da especialização no trabalho. Quem tem pleno domínio da norma culta tem maior facilidade de ascensão profissional e social, uma vez que, evidencia maior erudição no trato social.
Há nesse contexto um paradoxo, no século XXI, quando o que mais vale é o tempo, poucos profissionais se incomodam em analisar as proparoxítonas nas obras de Camões, por exemplo. Preocupam-se mais em tornar cada vez mais eficiente o seu trabalho, a que se refere ao tempo e dinheiro. E na era da internet, onde as palavras são cada vez mais mutiladas em nome da “pressa eficiente”; inferi-se que o domínio da norma culta entre os profissionais é uma raridade, e dificilmente, um erudito vai receber uma promoção no lugar de um profissional mais eficiente. Portanto, Erudição e eficiência são idéias opostas, e a analogia que se faz acerca do domínio da norma culta como forma de ascensão profissional, é um sinal do mercado de trabalho, da demanda de mais uma especialização no profissional. Chegamos à era que tempo e dinheiro não bastam, a isso, temos que também atribuir a nova divisão do trabalho, a qualidade erudita.
A gramática é a guardiã da cultura lingüística do povo, porém a sua obsessão em manter o sentido vernacular da língua, destrona o próprio protagonista desta cultura, o povo. Os vários critérios gramaticais acabam por determinar uma divisão social na comunidade. Os que dominam tais regras gramaticais promulgam a norma culta e os que não dominam sustentam-se nas expressões coloquiais da língua. Percebe-se que o propósito inicial da língua transfere o seu desígnio de comunicação entre as pessoas, para a divisão entre os que dominam a forma culta, e os que expressam a forma coloquial. A conseqüência dessa divisão reflete nas matizes sociais acerca da especialização no trabalho. Quem tem pleno domínio da norma culta tem maior facilidade de ascensão profissional e social, uma vez que, evidencia maior erudição no trato social.
Há nesse contexto um paradoxo, no século XXI, quando o que mais vale é o tempo, poucos profissionais se incomodam em analisar as proparoxítonas nas obras de Camões, por exemplo. Preocupam-se mais em tornar cada vez mais eficiente o seu trabalho, a que se refere ao tempo e dinheiro. E na era da internet, onde as palavras são cada vez mais mutiladas em nome da “pressa eficiente”; inferi-se que o domínio da norma culta entre os profissionais é uma raridade, e dificilmente, um erudito vai receber uma promoção no lugar de um profissional mais eficiente. Portanto, Erudição e eficiência são idéias opostas, e a analogia que se faz acerca do domínio da norma culta como forma de ascensão profissional, é um sinal do mercado de trabalho, da demanda de mais uma especialização no profissional. Chegamos à era que tempo e dinheiro não bastam, a isso, temos que também atribuir a nova divisão do trabalho, a qualidade erudita.
2 comentários:
Adorei este tópico...
Concordo que o uso da gramática acabou perdendo seu obejtivo frente ao mundo que enfrentamos hoje. O mercado de trabalho procura pessoas que se expressem bem, mas isso não significa que ele precise saber tudo sobre fonética, línguística, etc.
Meus alunos muitas vezes me perguntam porque estão estudando concordância, regência e outras coisas. Algumas vezes nem eu sei a resposta, porque acho que muita coisa tem de ser reformulada, reconstruída, reescrita para ser bem interpretada. Digo a eles que o importante mesmo é ler e saber interpretar o que leu... Compreender nas "entrelinhas" o que um texto pode dizer. E para isso é necessário entender algumas regras, entender o "porquê" de muitas formas gramaticais. Sou a favor de uma gramática inovada, que incentive e estimule o aluno a pensar e refletir. Uma grmática mais "enxuta" sem muitas coisas sem importância e sem muitas regras que nada acrescentam...
É isso que eu penso...
O uso oficial da gramática é necessário p/ padronização e confecção mais elaborada de textos, mas a explicação de termos populares e saber usá-los de forma inteligente em determinados contextos é possível. O pior do século XXI e o que vem de algum tempo é a invasão de estrangeirismos burros em nosso dia a dia, além das linguagens de determinados segmentos(como o "internetês") que faz com que o bom uso da Língua Portuguesa seja relegado à segundo plano.
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