
O Ministério da justiça brasileira elaborou um confuso manual com diretrizes que controla horário e faixa etária a programas culturais. Tal fato foi interpretado pelo meio artístico como “censura” aos meios de comunicação e à classe artística brasileira. “Censura”, assim mesmo em aspas, é apropriado. Pois, geram problemáticas sobre, o que os artistas defendem e, o que e a quem são direcionados aquilo que os artistas denominaram de “censura” do governo. Em vista dos desencontros no discurso, pois, o governo cita controle da mídia e os artistas contestam sob a bandeira de dirigismo cultural. Nesses termos, há primeiramente, a necessidade de definir dois conceitos que gravitam em torno deste debate: mídia e cultura. As definições de tais conceitos estariam associados e realmente ameaçando o bem comum social, a liberdade de expressão?
Em primeira instância, poderíamos definir cultura de um povo como as manifestações espontâneas de seus hábitos e costumes, aquilo que denominamos de folclore, ou o desenvolvimento social e coletivo a cerca da apreensão do conhecimento de uma determinada comunidade. Diante de tal definição, poderíamos considerar improcedente, o argumento de dirigismo cultural elaborado pelos artistas. Pois, é praticamente impossível controlar a natural e espontânea vontade coletiva. Há vários exemplos na História da humanidade que corrobora com essa afirmação, entre elas o sincretismo religioso do povo brasileiro, sinal de resistência passiva contra a padronização da religiosidade nacional. O brasileiro é em maioria católica, porém sua fé generaliza-se entre vários ritos africanos. Tal paradoxo religioso e cultural já explica a impossibilidade de qualquer controle cultural. E confirma a premissa que, a cultura de um povo é algo realmente democrático, pois prevalece a aspiração e entendimento da maioria.
Já uma definição sobre mídia, é um conjunto de meios de comunicação que visa informar e formar opinião junto à população. Em geral, esses meios de comunicação se organizam em grandes empresas comerciais como a Rede Globo, com um conglomerado de filiais pelo país que “rezam” em uma mesma cartilha e irradiam sua ideologia pelo resto do país. Essa ideologia é difundida através de filmes, novelas, telejornais e a arte de maneira geral. A mídia usa e manipula a cultura popular a favor de seus interesses, forma e deforma a opinião pública, às vezes, encobrindo a realidade com nuances da ficção ou manipulando a informação. Na verdade, neste contexto, é que poderíamos afirmar a existência de dirigismo cultural. E, não é por acaso que os meios de comunicação são taxados de “quarto poder” da sociedade.
Diante das análises supracitadas sobre cultura e mídia, podemos assim asseverar, que a contenda entre artistas e governo, não envolvem questões culturais, mas, refere-se a um debate político pela disputa do poder. Não está em questão o controle da cultura, mas o controle do “quarto poder”, o controle da mídia. Não há como e nem necessidade de um possível controle cultural, mas devemos ponderar tanto sobre as ações do governo como de artistas vinculados a grande mídia em seu jogo ideológico. Jargões como dirigismo cultural ou manifestações de controle do estado, visando o bem estar social, devem ser vista com desconfiança pela população e entendida como um debate subliminar, quando as idéias não estão em seu devido lugar.
Em primeira instância, poderíamos definir cultura de um povo como as manifestações espontâneas de seus hábitos e costumes, aquilo que denominamos de folclore, ou o desenvolvimento social e coletivo a cerca da apreensão do conhecimento de uma determinada comunidade. Diante de tal definição, poderíamos considerar improcedente, o argumento de dirigismo cultural elaborado pelos artistas. Pois, é praticamente impossível controlar a natural e espontânea vontade coletiva. Há vários exemplos na História da humanidade que corrobora com essa afirmação, entre elas o sincretismo religioso do povo brasileiro, sinal de resistência passiva contra a padronização da religiosidade nacional. O brasileiro é em maioria católica, porém sua fé generaliza-se entre vários ritos africanos. Tal paradoxo religioso e cultural já explica a impossibilidade de qualquer controle cultural. E confirma a premissa que, a cultura de um povo é algo realmente democrático, pois prevalece a aspiração e entendimento da maioria.
Já uma definição sobre mídia, é um conjunto de meios de comunicação que visa informar e formar opinião junto à população. Em geral, esses meios de comunicação se organizam em grandes empresas comerciais como a Rede Globo, com um conglomerado de filiais pelo país que “rezam” em uma mesma cartilha e irradiam sua ideologia pelo resto do país. Essa ideologia é difundida através de filmes, novelas, telejornais e a arte de maneira geral. A mídia usa e manipula a cultura popular a favor de seus interesses, forma e deforma a opinião pública, às vezes, encobrindo a realidade com nuances da ficção ou manipulando a informação. Na verdade, neste contexto, é que poderíamos afirmar a existência de dirigismo cultural. E, não é por acaso que os meios de comunicação são taxados de “quarto poder” da sociedade.
Diante das análises supracitadas sobre cultura e mídia, podemos assim asseverar, que a contenda entre artistas e governo, não envolvem questões culturais, mas, refere-se a um debate político pela disputa do poder. Não está em questão o controle da cultura, mas o controle do “quarto poder”, o controle da mídia. Não há como e nem necessidade de um possível controle cultural, mas devemos ponderar tanto sobre as ações do governo como de artistas vinculados a grande mídia em seu jogo ideológico. Jargões como dirigismo cultural ou manifestações de controle do estado, visando o bem estar social, devem ser vista com desconfiança pela população e entendida como um debate subliminar, quando as idéias não estão em seu devido lugar.
2 comentários:
Aqui estou eu estreando no seu blog.
Suas idéias estão super interessantes e seus argumentos estão muito bem colocados.
O Blog em si é um manual rico e diversificado.
Concordo plenamente com seu ponto de vista e defendo suas idéias...
Parabéns Rodrigo... Adorei...
(estarei sempre por aqui...)
Concordo com a expressão disputa de poder entre os donos da indústria cultural e o governo; mas na verdade não é bem uma disputa, mas sim um processo de ocupação de espaço de finanças e uso do $ em jogo. O governo está pouco se lixando com a qualidade o que é desenvolido e jogado p/ as massas em nosso país principalmente; o que é pior é que não existe um controle social(que é o que deveria ocorrer) da programação da TV(que é o meio mais profícuo de difusão de informação no país) e nem há uma organização popular p/ isso, além do poder dos conglomerados teleisivos que se unem contra qq mudança na situação vigente. Além do que não existe(ou é podada) qq opção de imprensa alternativa no país, como ocorre no caso das rádios comunitárias, taxadas pejorativamente de rádios piratas; ou seja, a coisa tá feia.
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