
Evitar o assunto, morte, é como evitar reflexões sobre a própria vida. A morte é mais uma fase, a última fase da vida. Portanto a própria reflexão sobre uma vida plena, fica incompleta quando não levamos em conta a certeza de seu fim. Vida e morte, um possível dualismo que se encontram no final da História de vida do ser humano. Porém a morte sempre é deixada de lado, pela aterrorizante idéia de expirar a própria História. Assim, transforma a vida em algo sagrado e com ilusões de eternidade. Há, portanto um paradoxo, o aparente dualismo entre a vida e a morte, na verdade, se completam, e cada idéia só é possível: tanto pela certeza da vida como da morte. O assunto morte, entretanto se transforma em tabu, a sua certeza é sempre contornada por alegorias míticas e religiosas com intuito de amenizar este natural contratempo da vida.
Ainda que levem em conta, o fato de debater o tema, morte, com naturalidade não retira a tabu que envolve este assunto. O homem embora, pense na morte e até fale a respeito, todavia, a forma como conduz tal assunto é o que torna intrigante o medo de sua chegada. Seria instinto de sobrevivência ou a idéia de permanência? A idéia de permanência é sem dúvida instintiva e realizada pelo ato de ter filhos. Contudo, tal ato não ameniza o temor no homem da certeza de seu desaparecimento. Desde os mais remotos tempos, o homem vem revestindo a idéia da morte com significados que o induz a crença da continuidade da vida após a morte. A religião é um destes revestimentos. Um subterfúgio encontrado pelo homem para apaziguar a certeza de sua morte, as concepções de vida após a morte e a crença da existência do céu e inferno, são alguns dos atenuantes encontrados para prover a idéia de permanência.
Portanto, a morte é uma parte da existência que incomoda por tornar real a contingência da própria vida. Revestimentos, subterfúgios e os interditos sobre a idéia de morte apenas transforma algo que deveria ser encarado de maneira natural em uma neurose que fatalmente irá acontecer.
Ainda que levem em conta, o fato de debater o tema, morte, com naturalidade não retira a tabu que envolve este assunto. O homem embora, pense na morte e até fale a respeito, todavia, a forma como conduz tal assunto é o que torna intrigante o medo de sua chegada. Seria instinto de sobrevivência ou a idéia de permanência? A idéia de permanência é sem dúvida instintiva e realizada pelo ato de ter filhos. Contudo, tal ato não ameniza o temor no homem da certeza de seu desaparecimento. Desde os mais remotos tempos, o homem vem revestindo a idéia da morte com significados que o induz a crença da continuidade da vida após a morte. A religião é um destes revestimentos. Um subterfúgio encontrado pelo homem para apaziguar a certeza de sua morte, as concepções de vida após a morte e a crença da existência do céu e inferno, são alguns dos atenuantes encontrados para prover a idéia de permanência.
Portanto, a morte é uma parte da existência que incomoda por tornar real a contingência da própria vida. Revestimentos, subterfúgios e os interditos sobre a idéia de morte apenas transforma algo que deveria ser encarado de maneira natural em uma neurose que fatalmente irá acontecer.
Um comentário:
Aqui em minha terra, usa-se o ditado: "Para morrer, basta estar vivo". A religião tenta induzir a idéia da morte enquanto a continuação da vida, porém, por sermos tao humanos e vivermos no concreto, precisamos entender que a morte é um "mal necessário" para o complemento da história.
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