Editorial.

O que se propõe é perceber os acontecimentos do mundo. Mas nos acontecimentos, há infindáveis hipóteses, juizo de valor enfim, o achismo em sua "egotripe". (A parte mais superficial do id, a qual, modificada, por influência direta do mundo exterior, por meio dos sentidos, e, em conseqüência, tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do id.) Então, o que escrever neste blogg? Essencialmente, o que ou quem não se manifesta em nosso mundo! Pois o nosso id se tornou um caos! Afinal, temos vontade de que? Tentaremos! Pois, em terra de sapo, mosquito não dá rasante. Boa leitura! P.s.: Aguardo os comentários.

terça-feira, 24 de abril de 2007

TILT>>> UMA REVOLUÇÃO CONTRA A CIDADANIA




A cidadania é um dos principais valores que norteiam a sociedade burguesa. Todos a usam com a certeza de conduzir a sociedade à plena liberdade democrática. Esse termo fortaleceu-se com o impulso dado por uma das mais significativas revoluções burguesas do mundo ocidental, a Revolução Francesa. Sem dúvida novas idéias surgem de revoluções, na História da humanidade as revoluções sempre cumpriram este papel, idealizar o “novo” contra o “velho”. E os jovens sempre foram os protagonistas destas novas idéias revolucionárias, em vista que, geralmente, a juventude carregou a natural vocação de contestar o “antigo” a favor do “novo”. Porém tal fenômeno vem mudando de uns anos para cá. Nestes termos, duas perguntas se fazem necessárias: o que os jovens atualmente, andam pensando, e, como hoje em dia podemos definir a cidadania?
A idéia clássica de cidadania pode ser definida como, o direito do homem gozar seus direitos civis e liberdade política, além de exercer seus deveres como cidadão. Realmente podemos observar tais idéias incorporadas em nossa sociedade, ainda que em situação periclitante, na educação gratuita, no sistema de saúde gratuito e no voto popular. Portanto, as idéias dos revolucionários de 1789 se proliferaram pelo mundo ocidental e hoje é uma realidade. Porém, esta idéia de cidadania envelheceu, e uma nova idéia de cidadania é necessária, que dê conta dos reais problemas da sociedade atual, como a participação popular e inclusão social, além da saúde, educação e segurança deverem ser repensados em termos qualitativos, a partir de uma nova realidade. A sociedade se acomodou na antiga idéia burguesa de cidadania, os problemas presentes são pensados a luz das idéias dos antigos revolucionários. Assim, vivemos em uma sociedade apática sem poder de decisão e mudança. As pessoas se isolaram em suas “bolhas”, lá, ruminam sua impotência social. A única visão de mundo que percebem é a apresentada pela TV, rádio ou internet, porém, os acontecimentos veiculados são alteridades que não causam empatia com o seu mundo real que as pessoas deveriam fazer parte.
Pelo senso comum, os problemas sociais devem ser resolvidos pelos “outros” “interessados” nestas questões. Mas, quem é os “outros”? Quem é os “interessados”? São os jovens com suas idéias revolucionárias? Não, os jovens não pensam mais no futuro como os antigos revolucionários. A maioria dos jovens não carregam sentimentos de mudança, seus pensamentos sobre questões sociais é linear e continuísta. Sua coragem vincula-se a projetos individuais ou se alienam com o último vídeo game da moda. A única idéia de mudança que pensam é mudar a própria vida, com sucesso profissional, financeiro e social. Sua idéia de futuro não é coletiva, se individualiza pela nova ordem mundial, o pragmatismo capitalista e a concorrência desumana. Assim, não há tempo para o social.
Portanto, é necessária uma revolução no campo das idéias e valores, uma revolução no seio da própria cidadania que abraçamos como detentora da liberdade e igualdade social. Tendo em vista que, a sociedade brasileira é na verdade, uma massa demográfica confusa de seus direitos e apática de seus deveres sociais. Apenas pensam vagamente sobre cidadania, já é tempo de revoltar, agir e definir uma nova cidadania. Comece desligando a TV, o rádio e a internet; bata na porta de seu vizinho e, quem sabe propor um debate sobre os problemas locais, e o que pode realmente ser feito. Já que o problema é seu, o interesse também deve ser seu.

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