
Curso de Filosofia e Sociologia nas Escolas
O jornal “Folha de São Paulo”, do dia oito de julho de 2006, seção cotidiano, apresentou uma reportagem sobre a decisão do Conselho Nacional de Educação, em tornar obrigatórias aulas de filosofia e sociologia para o ensino médio em todo o país. Tal decisão gerou controvérsias entre os profissionais da educação, levantando problemas a muito subjacentes na estrutura educacional do país.
A partir da reportagem tornou evidentes os dois principais problemas que acomete o sistema pedagógico brasileiro: o engessamento curricular voltado para o vestibular, o qual transforma o ensino médio essencialmente em um curso tecnocrático, que visa termos quantitativos, ou seja, a educação sob aspecto mercadológico; e do outro lado alguns professores tentando “humanizar” a proposta pedagógica do país. Portanto, o que estaria em questão, seria o dilema de um país em desenvolvimento se perguntando como encarar o aprimoramento educacional em seu território. De forma pragmática, com metas a cumprir, visando elementos quantitativos e financeiros? Ou, de forma reflexiva, questionadora, usando a crítica como produção no conhecimento e de forma qualitativa?
Diante de tais indagações, considero que haveria uma incoerência em sustentar a obrigatoriedade de aulas de filosofia e sociologia junto a um sistema educacional amparados em modelos tecnocráticos de educação. A própria essência da filosofia, principalmente, se autodetermina em conduzir o pensamento de forma crítica. Em um sistema tecnocrático a filosofia perderia o seu propósito, pois não haveria o que se indagar ou refletir, se ela estiver intricada em ponderações apenas quantitativas.
A filosofia por natureza, se inclina em ir mais a fundo no conhecimento. Não seria o seu propósito, por exemplo, definir a tecnologia, mas em indagar o porquê da tecnologia, da mesma forma, não seria preocupante a cobrança de questões de filosofia no vestibular, mas sim, seria filosoficamente importante, indagar o porquê do vestibular. Desta forma, a filosofia, assim como a sociologia, não poderá constar na grade curricular do ensino médio, sem antes definirmos a qual orientação pedagógica seguir.
O governo, ainda que sinalize pelo “humanismo” na educação, deveria da mesma forma, legislar a favor da educação e seus profissionais, não como mercadoria de custo e benefício. Mas a educação encarada como fator essencial para o desenvolvimento do país. Em suma, é tão importante à filosofia e a sociologia inserida no ensino médio, quanto sempre estarmos avaliando o que estamos ensinando, assim, considero que a própria pedagogia deva filosofar. (RFC)
O jornal “Folha de São Paulo”, do dia oito de julho de 2006, seção cotidiano, apresentou uma reportagem sobre a decisão do Conselho Nacional de Educação, em tornar obrigatórias aulas de filosofia e sociologia para o ensino médio em todo o país. Tal decisão gerou controvérsias entre os profissionais da educação, levantando problemas a muito subjacentes na estrutura educacional do país.
A partir da reportagem tornou evidentes os dois principais problemas que acomete o sistema pedagógico brasileiro: o engessamento curricular voltado para o vestibular, o qual transforma o ensino médio essencialmente em um curso tecnocrático, que visa termos quantitativos, ou seja, a educação sob aspecto mercadológico; e do outro lado alguns professores tentando “humanizar” a proposta pedagógica do país. Portanto, o que estaria em questão, seria o dilema de um país em desenvolvimento se perguntando como encarar o aprimoramento educacional em seu território. De forma pragmática, com metas a cumprir, visando elementos quantitativos e financeiros? Ou, de forma reflexiva, questionadora, usando a crítica como produção no conhecimento e de forma qualitativa?
Diante de tais indagações, considero que haveria uma incoerência em sustentar a obrigatoriedade de aulas de filosofia e sociologia junto a um sistema educacional amparados em modelos tecnocráticos de educação. A própria essência da filosofia, principalmente, se autodetermina em conduzir o pensamento de forma crítica. Em um sistema tecnocrático a filosofia perderia o seu propósito, pois não haveria o que se indagar ou refletir, se ela estiver intricada em ponderações apenas quantitativas.
A filosofia por natureza, se inclina em ir mais a fundo no conhecimento. Não seria o seu propósito, por exemplo, definir a tecnologia, mas em indagar o porquê da tecnologia, da mesma forma, não seria preocupante a cobrança de questões de filosofia no vestibular, mas sim, seria filosoficamente importante, indagar o porquê do vestibular. Desta forma, a filosofia, assim como a sociologia, não poderá constar na grade curricular do ensino médio, sem antes definirmos a qual orientação pedagógica seguir.
O governo, ainda que sinalize pelo “humanismo” na educação, deveria da mesma forma, legislar a favor da educação e seus profissionais, não como mercadoria de custo e benefício. Mas a educação encarada como fator essencial para o desenvolvimento do país. Em suma, é tão importante à filosofia e a sociologia inserida no ensino médio, quanto sempre estarmos avaliando o que estamos ensinando, assim, considero que a própria pedagogia deva filosofar. (RFC)
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